terça-feira, 5 de maio de 2009

Coco Avant Chanel


Estamos na espera pela estréia do filme mais falado nos últimos tempos. A biografia de Coco Chanel, que tem previsão de estrear em outubro no Brasil. Trata-se de um dos personagens mais influentes da moda (se não da sociedade), cujo mito ainda permanece no imaginário popular ha várias décadas após sua morte. Com Audrey Tautou (de “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”) interpretando Gabrielle Chanel, chega o momento de recordar esta figura que passará pela historia como aquela que praticamente mudou a mulher moderna.

Gabrielle ‘Coco’ Chanel nasceu em 1883 em uma pequena cidade perto de Loira. Com 12 anos, após a morte de sua mãe, passou alguns anos em um orfanato, onde aprendeu a costurar. Quando alcançou a maioridade, voltou a sua cidade natal para trabalhar com um costureiro local. Seus encantos e habilidades sedutoras a permitiu manter um romance com um milionário, que passou a despertar na jovem Coco a paixão pelo luxo, riqueza e a alta sociedade. Em 1913 inaugurou uma loja onde vendia unicamente coletes e casacos - que não teve muito sucesso. Três anos depois, em Biarritz, fez sua primeira abordagem a alta costura e começou a vestir mulheres da realeza e diplomatas, mas teve que interromper com o começo da I Guerra Mundial.

Em 1920 abriu em Paris sua boutique na Rue Cambon. E foi lá que começou a se dar conta da necessidade das mulheres em levar uma roupa prática e feminina, mas sem renunciar ao luxo. Coco Chanel conseguiu, finalmente, triunfar nos.

Durante o período entre Guerras, a fórmula de Chanel era perfeita: confortável, com um forte sentimento de liberdade e, acima de tudo, classe. Popularizou a frase “a simplicidade é a chave da verdadeira elegância”. Começou a dispensar o espartilho, começou a usar tecidos e materiais mais caros, como penas e sedas. Já nesse tempo, criou seus famosos casacos e blazers, trajes que antes faziam parte apenas dos armários masculinos. Outra contribuição ao mundo da moda foi o uso das bijuterias e, claro, seus colares de pérolas – outra peça que permanece após décadas.

Em 1921, nasceu seu perfume mais lendário, se não o mais conhecido do mundo, Chanel No. 5 – nome dado simplesmente porque foi o quinto de uma série.

Em 1939, quando começou a II Guerra Mundial, Coco voltou a fechar suas lojas. Se instalou no Ritz de Paris durante 30 anos, e nesse tempo optou por algo que não há referencias no filme: a estilista manteve um relacionamento com um general nazista e manteve-se ao lado dos alemães durante a ocupação. No fim da Guerra foi acusada de crimes de guerra, mas seus contatos com a aristocracia britânica a salvaram de ser presa.

Em 1945 se mudou para a Suiça – os franceses recriminaram sua generosidade e simpatia pelos nazistas e suas últimas coleções não tiveram muito êxito entre seus compatriotas. No entanto, o amplo público norte americano se abria para a casa Chanel. Isolada, sozinha e sem jamais ter se casado, Coco merreu em sua suíte no Ritz de Paris em 1971. Sua tumba encontra-se na cidade de Lausana, na Suiça.

Quase 40 anos depois da sua morte, Coco continua sendo uma das mais respeitadas e bem sucedidas estilistas de todos os tempos.

Beijos,
Lú Merten

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